ACIFF emite comunicado solicitando ao poder político bom senso e equidade das medidas restritivas aplicadas às empresas!
A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz emitiu o seguinte comunicado:
"-Está quase a fazer um ano que os nossos hábitos de vida foram alterados de forma substancial. Passámos a estar distantes fisicamente dos nossos familiares e amigos, os nossos empregos estão suspensos e mesmo as atividades que podem laborar estão a ser afetadas pelas medidas que lhes são impostas pelo confinamento.
A ACIFF, enquanto Associação Empresarial, tem desde o primeiro momento divulgado junto dos seus associados as medidas de apoio disponibilizadas pelo governo, avaliado a elegibilidade das empresas e prestado auxílio no preenchimento das respetivas candidaturas procurando passar uma mensagem de esperança que num futuro - que se espera próximo - tudo possa melhorar.
Compreendemos perfeitamente as necessidades inerentes à contenção na circulação de pessoas, à diminuição da pressão no Sistema Nacional de Saúde e, por isso, o inevitável encerramento temporário de alguns negócios, tudo com o objetivo de se alcançar um desconfinamento mais sólido, mais duradouro e compatível com o tão desejado controlo pandémico e consequente retoma económica. No entanto não podemos compreender nem aceitar a manifesta falta de bom senso na elaboração de algumas medidas restritivas que transmitem a sensação de uma penalização desmedida às nossas empresas.
Exemplo disso são as padarias que, para além da Classificação de Atividades Económicas (CAE) de fabrico, possuem também o CAE comercial (a maioria) e que estão neste momento obrigadas a vender ao postigo. Na nossa perspetiva, a entrada de pessoas no estabelecimento para aquisição de bens, cumprindo os limites impostos de acordo com a dimensão de cada um, não coloca em causa o esforço comunitário para a diminuição de casos de contágio do Covid-19, além do que dá uma maior dignidade ao ato de aquisição e um melhor acondicionamento dos produtos, logo uma maior segurança para quem compra.
Os nossos empresários também estão sobre pressão e têm sabido corresponder de uma forma assertiva às medidas restritivas que lhes têm sido impostas. Pedem apenas que os deixem trabalhar pois querem continuar a conseguir honrar todos os compromissos assumidos e salvaguardarem os muitos postos de trabalho que deles dependem.
Atentos a tudo isto, pedimos ao poder político o bom senso e equidade tanto na elaboração das medidas restritivas como na sua aplicação, para que todos possamos contribuir e manter vivas as nossas empresas, a nossa economia."
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